No universo do ciclismo de estrada — o famoso Speed — existe uma espécie de fascínio quase mítico em torno das rodas.
Rodas mais leves, mais aerodinâmicas, com rolamentos de cerâmica ou com aros de carbono são muitas vezes vistas como o “upgrade dos sonhos” por ciclistas que desejam ganhar velocidade, reduzir peso e melhorar a performance nas subidas e sprints.
Em muitos círculos, trocar de rodas se tornou sinônimo de evolução no pedal, um marco na trajetória do ciclista apaixonado.
No entanto, enquanto muitos correm atrás da próxima novidade no mercado, existe um grupo de ciclistas que parece desafiar essa lógica consumista: são aqueles que nunca sentem a necessidade de trocar suas rodas.
Seus equipamentos não brilham tanto quanto os lançamentos mais recentes, mas entregam confiabilidade, eficiência e durabilidade de forma impressionante.
Muitos desses ciclistas pedalam há anos com o mesmo par de rodas, enfrentam longas distâncias, treinos intensos, provas desafiadoras — e ainda assim mantêm seu setup intacto, sem queixas ou prejuízos à performance.
Como é possível que, num cenário onde a troca constante de componentes é incentivada por marcas, fóruns e influenciadores, alguns atletas consigam pedalar por tanto tempo sem sequer pensar em uma substituição?
Vamos mergulhar fundo nesse tema. Vamos explorar os motivos técnicos, mecânicos, financeiros e até filosóficos que fazem com que alguns ciclistas nunca precisem de rodas novas.