A relação de marchas da bicicleta pode fazer toda a diferença entre superar um obstáculo com fluidez ou sofrer em cada pedalada.
Em terrenos irregulares, com subidas íngremes, pedras soltas, raízes e lama, a eficiência da sua pedalada depende diretamente da relação entre o cassete traseiro e a coroa dianteira.
E essa relação não é apenas uma questão de preferência — ela impacta diretamente o rendimento, a economia de energia, a tração e o controle da bike.
É comum ver ciclistas novatos em MTB cometendo o erro de utilizar transmissões voltadas para o uso urbano ou estradeiro em trilhas pesadas, o que resulta em marchas inadequadas para encarar subidas longas ou trechos com baixa aderência.
Por outro lado, uma relação de marchas muito leve pode comprometer o rendimento em trechos de descida ou planos onde se poderia imprimir mais velocidade.
Saber encontrar o equilíbrio ideal, considerando o terreno, o estilo de pilotagem e a força do ciclista, é essencial para extrair o máximo da bike e do próprio corpo.
Com a evolução da tecnologia no mountain bike, as transmissões ficaram mais versáteis e específicas.
Hoje, há opções de 1×12 velocidades com cassetes de ampla amplitude, transmissões eletrônicas e sistemas com alta precisão na troca de marchas.
Mas toda essa variedade também pode confundir quem está tentando montar ou atualizar sua MTB para encarar trilhas pesadas com mais segurança e desempenho.
Vamos te ajudar a entender todos os fatores envolvidos na escolha da melhor relação de marchas para trilhas pesadas. Vamos abordar os diferentes tipos de transmissões, explicar como o número de dentes influencia sua pedalada, mostrar como adaptar a relação ao seu perfil de ciclista e ao tipo de trilha.