Você treina, alimenta-se bem, dorme o suficiente, ajusta suas marchas com precisão... mas ainda assim sente aquele cansaço inexplicável nos pedais?

Suas pernas parecem pesadas, a energia se esvai mais rápido do que deveria, e você termina trechos que antes encarava com facilidade com a sensação de estar carregando uma âncora?

Pois saiba que talvez o problema não esteja nas suas pernas, nem na intensidade do treino — mas sim na sua postura sobre a bike.

É muito comum ciclistas de todos os níveis — do iniciante ao avançado — negligenciarem a importância de uma postura correta e funcional ao pedalar.

Isso porque a fadiga associada a má postura costuma ser progressiva, silenciosa e traiçoeira.

Ela não aparece de forma tão óbvia quanto uma dor muscular pós-treino ou uma lesão aguda.

Ela se acumula pedal após pedal, drenando sua energia, tensionando regiões erradas do corpo, comprimindo sua respiração e fazendo com que, mesmo com pernas fortes, você não consiga extrair o melhor de si.

O corpo humano foi feito para se movimentar com equilíbrio. No ciclismo, isso significa que todos os pontos de contato com a bike — pés, mãos e assento — devem trabalhar em harmonia, com uma distribuição eficiente do peso e com o tronco posicionado de modo a permitir fluidez, potência e conforto.

Quando esse equilíbrio é rompido, o corpo começa a compensar de forma ineficiente: os ombros endurecem, a lombar sofre, os punhos travam e, eventualmente, até as pernas — que deveriam ser o motor — começam a "falhar" por causa de sobrecarga indesejada.

Vamos mergulhar em princípios de ergonomia, ajustes de bike fit, consciência corporal e técnicas simples, porém poderosas, para você recuperar energia, melhorar sua resistência e pedalar mais longe, com menos esforço.