Bikepacking com Gravel: Prós e Contras em Relação a Outros Tipos de Bicicleta

Por Que a Bike Gravel Está Dominando o Cenário do Bikepacking?

Nos últimos anos, a bike gravel conquistou um espaço de destaque entre ciclistas aventureiros, viajantes de longa distância e até mesmo atletas que buscam versatilidade. Não é exagero dizer que ela representa uma verdadeira transformação na forma como exploramos o mundo sobre duas rodas. Com um design pensado para encarar múltiplos terrenos, da estrada asfaltada ao cascalho solto, da terra batida às trilhas leves, a bike gravel oferece um equilíbrio raro entre desempenho, conforto e resistência — qualidades essenciais para quem pratica bikepacking.

O conceito de bikepacking tem crescido exponencialmente, atraindo ciclistas que desejam ir além do tradicional cicloturismo com alforjes. Nessa modalidade mais leve e ágil, a proposta é explorar paisagens diversas carregando apenas o essencial, utilizando bolsas específicas (como as de quadro, selim e guidão), com foco na autonomia e na liberdade de movimento. É aqui que a bike gravel mostra sua força: ela é ideal para esse tipo de viagem porque alia a geometria confortável para longas distâncias com a capacidade de rodar bem tanto no asfalto quanto em superfícies mais irregulares — como estradas de terra, caminhos rurais, trilhas de fazenda e até trechos de singletrack moderado.

Diferente das bicicletas de estrada, que exigem pavimento de qualidade para um desempenho ideal, e das mountain bikes, que embora robustas podem ser pesadas e lentas em trechos planos e longos, a gravel bike encontra um meio-termo. Ela não apenas oferece boa velocidade e rendimento, mas também apresenta uma geometria estável, pneus mais largos (geralmente entre 38mm e 50mm), freios a disco e múltiplos pontos de fixação para bolsas, caramanholas extras e até racks leves. Ou seja, é uma bicicleta pensada para quem quer ir longe, enfrentar terrenos variados e manter um ritmo fluido de pedalada — com ou sem carga.

Mas apesar de sua popularidade crescente, a escolha por uma bike gravel como companheira de aventuras em bikepacking não é uma decisão simples. Existem outros tipos de bicicletas — como as mountain bikes, as híbridas e as clássicas touring bikes — que também têm seus méritos e podem oferecer vantagens importantes dependendo do tipo de viagem, do terreno e do estilo do ciclista.

Neste post, vamos mergulhar fundo nessa discussão: quais são os prós e contras da bike gravel no bikepacking quando comparada com outros modelos? Será que ela é mesmo a escolha ideal para todas as aventuras? Ou há situações em que outras bicicletas se saem melhor? Vamos analisar, ponto a ponto, tudo o que você precisa considerar — desde desempenho em diferentes tipos de terreno, passando por conforto, capacidade de carga, custo e manutenção, até a experiência prática de viajar com esse tipo de bicicleta. Se você está planejando sua próxima viagem e ainda está em dúvida sobre qual bike escolher, este guia detalhado vai te ajudar a fazer a melhor escolha para o seu estilo de aventura.

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O Que é uma Bike Gravel e Por Que Ela Virou Tendência no Bikepacking?

A bike gravel, também conhecida como bicicleta de cascalho ou “all-road”, é um dos maiores fenômenos recentes do mundo do ciclismo. Criada inicialmente para eventos em estradas de cascalho nos Estados Unidos — como o famoso Unbound Gravel — esse tipo de bicicleta rapidamente ultrapassou as fronteiras das competições e passou a ser vista como uma das opções mais versáteis para ciclistas de aventura. Hoje, é comum vermos gravel bikes em estradas de interior, trilhas rurais, rotas de bikepacking, trechos urbanos e até no ciclismo de estrada recreativo.

Mas o que torna a bike gravel tão especial para o bikepacking?

1.1 Geometria equilibrada para longas distâncias

Uma das grandes qualidades da gravel está na sua geometria. Ela não é tão agressiva quanto uma bicicleta de estrada — o que poderia causar desconforto em viagens longas — e também não é tão relaxada quanto uma mountain bike, que pode sacrificar desempenho em terrenos planos. A posição do ciclista é projetada para proporcionar conforto sem abrir mão da eficiência, permitindo que se pedale por horas ou dias seguidos sem sobrecarga excessiva nas costas, pescoço ou mãos.

1.2 Espaço para pneus largos e estáveis

Outro destaque das gravel bikes é a possibilidade de utilizar pneus mais largos do que os convencionais de estrada. Enquanto uma road bike raramente ultrapassa 28mm de largura, as gravel aceitam pneus entre 38mm e até 50mm, o que proporciona mais tração, conforto e segurança em terrenos soltos, como areia, cascalho, lama leve e terra batida.

1.3 Versatilidade real: uma bike para muitos usos

Além do uso em bikepacking, uma gravel pode tranquilamente ser usada para deslocamentos urbanos, passeios de fim de semana, cicloviagens mais curtas ou até treinos de resistência. Isso a torna uma excelente opção para quem busca uma bicicleta “coringa”, que sirva para diversos contextos e terrenos.

1.4 Capacidade de carga otimizada

Ao contrário das bikes de estrada, a maioria das gravel modernas já vem com diversos pontos de fixação integrados: suportes para bolsas no tubo inferior, garfo com furação, bosses para três caramanholas, além da tradicional possibilidade de montar bolsas de selim, guidão e quadro. Isso permite que o ciclista organize seu equipamento de maneira eficiente, mantendo o centro de gravidade baixo e a estabilidade durante a pedalada.

Essas características somadas explicam por que tantas pessoas estão escolhendo a gravel como a bike ideal para explorar o mundo sobre duas rodas — principalmente quando se fala em percorrer trilhas mistas, por terrenos variados e com a liberdade de não depender de asfalto o tempo todo.ssa combinação torna a gravel extremamente versátil — um dos pontos mais valorizados no bikepacking.


Gravel vs Mountain Bike (MTB) no Bikepacking: Quem Leva Vantagem?

A comparação entre gravel e mountain bike é uma das mais comuns no universo do bikepacking, já que ambas são frequentemente associadas a terrenos off-road. No entanto, apesar de algumas similaridades, as duas têm propostas muito distintas e atendem a perfis diferentes de ciclistas

2.1 Vantagens da gravel sobre a MTB no bikepacking:

a) Rendimento superior em trechos longos e planos

A MTB, com seus pneus mais largos e cravos pronunciados, oferece excelente tração em terrenos técnicos, mas essa mesma característica gera maior resistência à rolagem. Em estradas de terra batida, asfalto ou cascalho compacto, a gravel é notavelmente mais eficiente, permitindo manter um ritmo mais constante com menos esforço.

b) Peso reduzido e menor arrasto aerodinâmico

As gravel bikes geralmente pesam menos do que as mountain bikes — especialmente as com suspensão dianteira ou traseira. Além disso, a posição do ciclista na gravel é mais aerodinâmica, o que ajuda a economizar energia em viagens longas. Em bikepacking, onde cada grama e cada watt fazem diferença, isso se traduz em menos fadiga ao longo dos dias.

c) Mais opções de fixação para carga

Enquanto a maioria das mountain bikes tradicionais tem quadros que limitam o número de suportes, as gravel modernas foram desenhadas com o bikepacking em mente. Muitas oferecem pontos de montagem no garfo, tubo inferior, parte inferior do quadro e até eyelets para racks leves. Isso facilita a organização da carga de forma inteligente e equilibrada.

2.2 Limitações da gravel em comparação com a MTB:

a) Menor desempenho técnico em trilhas exigentes

Aqui a mountain bike brilha. Em trilhas com raízes, pedras soltas, curvas fechadas, descidas íngremes ou lama profunda, a MTB é muito mais estável e segura. O guidão reto, a suspensão dianteira (e às vezes traseira), além dos pneus agressivos e da geometria projetada para esse tipo de situação, oferecem mais controle e absorção de impacto.

b) Menos tração e controle em trechos extremos

Mesmo com pneus de 45mm, uma gravel não compete com os pneus 2.1” ou maiores das mountain bikes. Isso significa que, em subidas de cascalho solto, lama ou pedras, a tração da gravel pode falhar, fazendo a roda traseira patinar com mais facilidade.

c) Conforto reduzido em terrenos muito acidentados

Sem suspensão, a gravel exige que o ciclista absorva mais impacto do terreno. Isso pode ser compensado em parte com pressão de pneu mais baixa e quadros em carbono ou aço que filtram vibrações, mas em trilhas com impacto constante, o desgaste físico será maior.

2.3 Quando escolher uma ou outra?

  • Gravel: ideal se sua viagem for composta majoritariamente por estradas de terra batida, asfalto, trechos mistos com subidas leves e descidas não técnicas. Prefira se você quer mais velocidade, leveza e simplicidade.
  • MTB: melhor escolha para rotas com trilhas técnicas, travessias de mata, singletracks, subidas íngremes com pedras, raízes e descidas técnicas. Também é recomendada se você pretende carregar muito peso em terrenos exigentes.

Gravel vs Bicicletas de Cicloturismo Tradicional (Touring Bikes): A Evolução da Aventura

As bicicletas de cicloturismo tradicional — conhecidas como touring bikes — foram, por décadas, a principal escolha de aventureiros que desejavam percorrer longas distâncias carregando tudo o que precisavam. Essas bicicletas são construídas com foco em robustez, estabilidade e capacidade de carga, com quadros geralmente em aço, garfos rígidos e espaço para racks dianteiros e traseiros. Elas são verdadeiras \”mulas de carga\” do mundo do ciclismo.

Mas com o surgimento da bike gravel, muitos cicloturistas migraram para esse novo formato de bicicleta. Isso não quer dizer que a touring bike tenha se tornado obsoleta, mas sim que hoje há mais opções viáveis, cada uma com seus pontos fortes e fracos. Vamos entender melhor.

3.1 Vantagens da gravel sobre a touring:

a) Menor peso e mais agilidade

Touring bikes costumam ser pesadas. Os quadros em aço, os aros reforçados e os racks metálicos contribuem para o peso total da bicicleta — que pode facilmente ultrapassar os 17 kg sem carga. Já uma gravel bike, mesmo com pneus largos e bolsas de bikepacking, costuma pesar entre 9 e 12 kg. Essa diferença de peso faz muita diferença no desempenho geral, especialmente em subidas ou trechos técnicos.

b) Melhor adaptação a terrenos variados

Touring bikes foram criadas pensando principalmente no asfalto. Embora algumas aceitem pneus mais largos, sua geometria ainda prioriza estradas bem pavimentadas ou estradas de terra muito suaves. A gravel, por outro lado, é desenhada para enfrentar desde asfalto até trilhas leves, cascalho solto, areia compactada e terra batida — com muito mais segurança e conforto.

c) Estilo de carga mais moderno e prático

A gravel é ideal para o bikepacking ultraleve, com bolsas integradas ao quadro e melhor distribuição de peso. Isso torna a pedalada mais estável e menos cansativa do que carregar alforjes laterais pesados, como é comum nas touring. Além disso, a aerodinâmica com bolsas de bikepacking tende a ser mais eficiente, especialmente contra o vento.

3.2 Pontos fortes da touring bike:

a) Capacidade de carga extrema

Touring bikes foram feitas para quem precisa levar muita coisa — barraca grande, panelas, comida para dias, roupa de frio, ferramentas pesadas e mais. Elas podem suportar cargas de até 35 kg ou mais com segurança, algo que uma gravel dificilmente suporta sem comprometer o quadro ou a estabilidade.

b) Conforto no selim e resistência de longo prazo

A geometria relaxada e o foco em durabilidade tornam a touring bike uma ótima opção para viagens de meses, especialmente em regiões com boa estrutura rodoviária. Além disso, como muitas peças são padrão (freios V-brake, cassetes comuns, cubos tradicionais), a manutenção pode ser mais fácil em países com infraestrutura limitada.

3.3 Quando escolher uma ou outra?

  • Touring bike: ideal para ciclistas que preferem rotas 90% asfaltadas ou de terra batida leve, com foco em viagens longas, muito peso e conforto extremo.
  • Gravel bike: excelente para quem quer versatilidade, menor peso, desempenho em terrenos variados e uma experiência mais esportiva de cicloturismo.

Gravel vs Bicicletas Híbridas: Entre o Urbano e o Aventura

As bicicletas híbridas surgiram como uma tentativa de unir o melhor da mountain bike e da bicicleta de estrada, oferecendo conforto urbano com algum desempenho off-road leve. Elas são comuns em ciclovias, passeios de fim de semana e deslocamentos diários. Mas será que funcionam bem no bikepacking?

4.1 Vantagens da gravel sobre a híbrida:

a) Geometria e componentes mais orientados à performance

Enquanto as híbridas são pensadas para conforto urbano e deslocamentos moderados, a geometria da gravel é mais voltada para eficiência em longas distâncias. O quadro da gravel geralmente é mais responsivo, e os componentes (transmissão, freios, rodas) são otimizados para terrenos mistos.

b) Mais pontos de fixação e compatibilidade com bolsas

Híbridas normalmente não possuem bosses no garfo ou no tubo inferior, limitando o uso de bolsas de bikepacking. As gravel modernas, ao contrário, já vêm preparadas para receber até três caramanholas, além de bolsas específicas em locais estratégicos — algo essencial para quem deseja autonomia em viagens longas.

c) Pneus e rodas mais eficientes

Mesmo com pneus mais largos do que os de estrada, as híbridas não oferecem a mesma qualidade de rolamento ou tração de uma gravel equipada com pneus específicos para cascalho e terra. Além disso, as rodas das gravel são geralmente mais robustas e tubeless-ready, o que reduz riscos de furos.

4.2 Pontos positivos das híbridas:

a) Preço mais acessível

Uma bicicleta híbrida decente custa bem menos que uma gravel. Isso pode ser determinante para iniciantes que estão começando no bikepacking e ainda não têm certeza se vão continuar praticando com frequência.

b) Conforto inicial

Para quem nunca pedalou por longas distâncias, a posição mais ereta da híbrida pode parecer mais confortável no início. Ela causa menos pressão nas costas e no pescoço, embora isso possa ser prejudicial em viagens muito longas devido ao maior arrasto de vento.

4.3 Quando escolher uma ou outra?

  • Híbrida: ideal para passeios curtos, viagens de fim de semana ou rotas com infraestrutura urbana. Boa escolha para iniciantes com orçamento limitado.
  • Gravel bike: melhor para aventuras mais ambiciosas, percursos mistos, terrenos rurais e quem deseja evoluir no bikepacking com mais liberdade de rota.

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5.Gravel vs Bike de Estrada: O Desafio da Versatilidade

A comparação entre uma bike gravel e uma bike de estrada adaptada para viagens é comum entre ciclistas que já possuem uma road bike e desejam usá-la em aventuras. Mas embora à primeira vista elas pareçam semelhantes, as diferenças são bastante significativas — especialmente quando analisamos com foco em bikepacking.

5.1 Vantagens da gravel sobre a road bike adaptada:

a) Compatibilidade com terrenos off-road

Bikes de estrada foram feitas para asfalto. Mesmo as mais recentes, com quadros que aceitam pneus 32mm, ainda sofrem bastante em cascalho, terra batida e qualquer tipo de irregularidade. Já a gravel foi pensada desde o início para lidar com terrenos diversos — e isso muda tudo na prática.

b) Mais conforto para longas distâncias

A geometria das bikes de estrada é mais agressiva, com postura baixa e focada em velocidade. Isso pode ser ótimo em provas ou treinos, mas em viagens longas, especialmente com carga, a postura pode ser desconfortável. A gravel proporciona uma posição mais relaxada, com melhor distribuição de peso e controle.

c) Mais resistente e versátil

A gravel é mais robusta e durável para impactos leves, com componentes projetados para suportar sujeira, lama, poeira e até quedas moderadas. Ela também oferece mais opções de marchas para subidas íngremes, algo raro em bikes de estrada com cassetes limitados.

5.2 Quando adaptar uma road bike pode valer a pena?

Se você já tem uma boa road bike, pode testá-la em aventuras leves: troque os pneus por modelos mais largos (dentro do que o quadro permite), adicione bolsas leves e use rotas 100% asfaltadas. Mas para qualquer percurso com terrenos variados, a gravel será a opção mais segura e confortável.


Custo, Manutenção e Acessórios: Gravel é um Investimento Justificável?

Uma dúvida comum entre ciclistas que estão considerando migrar para uma bike gravel é: “vale a pena o investimento?”. Afinal, em termos de custo, a gravel costuma ficar entre a bike de estrada e a mountain bike — e pode custar tanto quanto ou até mais que uma touring top de linha.

Vamos analisar alguns aspectos importantes para responder essa questão de forma equilibrada.

6.1 Preço de entrada e variedade de modelos

Nos últimos anos, houve um grande crescimento na oferta de bikes gravel, o que resultou em uma gama variada de modelos — desde opções mais acessíveis com quadro de alumínio e grupo mecânico básico, até modelos de alto desempenho com quadro em carbono, rodas tubeless e grupos eletrônicos.

Atualmente, no Brasil, uma gravel de entrada custa em torno de R$ 6.000 a R$ 9.000, enquanto modelos intermediários ficam entre R$ 10.000 e R$ 15.000. As gravel premium ultrapassam os R$ 20.000, especialmente quando equipadas com grupo SRAM Rival AXS ou Shimano GRX Di2, freios a disco hidráulicos e rodas de carbono.

6.2 Manutenção: entre a simplicidade e a robustez

Gravel bikes são, em geral, mais simples de manter do que mountain bikes — por não possuírem suspensão e por usarem transmissões mais abertas ao uso misto. O sistema de freio a disco hidráulico é o mais comum em gravel modernas e, embora exija manutenção periódica, oferece excelente poder de frenagem e confiabilidade em descidas e terrenos úmidos.

Transmissões 1x (com apenas uma coroa na frente) são cada vez mais populares nas gravel, simplificando o uso e a manutenção. Elas têm menos peças móveis, menos peso e menor risco de pane, embora em algumas situações percam amplitude de marchas em comparação às 2x.

6.3 Acessórios específicos para bikepacking com gravel

A popularidade do bikepacking com gravel gerou uma indústria especializada em bags, racks leves, suportes de garrafa adicionais, protetores de quadro, guidões flare (abertos para maior controle) e até garfos com suspensão leve integrados, como o RockShox Rudy.

Dentre os acessórios mais importantes estão:

  • Frame bags (bolsas de quadro) com encaixe preciso para cada modelo;
  • Handlebar rolls (bolsas de guidão) com fácil acesso;
  • Seat packs (bolsas de selim) com grande capacidade;
  • Top tube bags para itens de uso rápido (comida, ferramentas, celular);
  • Bolsas de garfo com suportes estilo “anything cage”;
  • Sistemas de iluminação e carregadores via dinamo ou powerbank solar.

Embora o investimento inicial em equipamentos seja alto, a durabilidade desses acessórios costuma compensar com o tempo, especialmente para quem faz viagens com frequência.


7. Perfil Ideal do Ciclista que Opta por uma Gravel no Bikepacking

A bike gravel é uma bicicleta que dialoga com diversos perfis de ciclistas, mas é especialmente atraente para quem busca:7.1 Liberdade e versatilidade

O gravelista típico é alguém que valoriza a liberdade de escolher o caminho menos óbvio — que não se prende à estrada de asfalto nem ao singletrack técnico, mas que explora todas as opções no meio do caminho. É o ciclista que quer sair de casa sem saber exatamente se vai pegar terra, trilha ou rodovia.

7.2 Aventura com conforto e eficiência

Esse ciclista também não quer abrir mão do conforto — tanto na pedalada quanto na hora de organizar o equipamento. A geometria da gravel permite viajar mais leve, mais rápido e com menos desgaste, tornando cada dia de bikepacking mais prazeroso, especialmente em roteiros que envolvem muitos quilômetros por dia.

7.3 Minimalismo e leveza

Diferente do cicloturista clássico, o gravelista muitas vezes opta por uma abordagem mais minimalista: barraca leve, poucos utensílios, roupas técnicas, foco na autonomia e na velocidade. Isso não significa abrir mão do essencial, mas sim otimizar cada item para reduzir o peso e ganhar eficiência.

7.4 Paixão por rotas alternativas

Gravelistas adoram planejar percursos com mapas de satélite, estradas vicinais, caminhos abandonados, rotas rurais ou trechos de trilha leve. São aventureiros modernos, conectados à natureza, mas também às ferramentas digitais como Komoot, Strava ou Ride with GPS para explorar o mundo fora do óbvio.

8.Bikepacking com Gravel — A Escolha Certa para a Nova Geração de Ciclistas Aventureiros?

Chegando ao final deste guia, fica claro que a bike gravel tem muito a oferecer no universo do bikepacking. Sua popularidade crescente não é fruto de moda passageira, mas sim da soma de qualidades reais que fazem dela uma bicicleta extremamente adaptável, confortável e eficiente para viagens longas em terrenos variados.

Claro, ela não substitui por completo a mountain bike em trilhas técnicas, nem a touring bike para quem viaja com muita carga, nem mesmo a bike de estrada para quem pedala só no asfalto. Mas a verdade é que a gravel conecta o melhor desses mundos, abrindo possibilidades novas para ciclistas que querem ir mais longe, por mais tipos de caminhos e com mais prazer ao pedalar.

Se você está buscando uma bicicleta para viagens que combinam estradas de terra, trechos urbanos, trilhas rurais, subidas exigentes e descidas em cascalho — e quer fazer isso de forma leve, eficiente e divertida — a bike gravel pode ser a melhor escolha que você fará.

Mais do que uma bike, ela representa uma filosofia: a estrada não precisa ser perfeita para a experiência ser inesquecível.

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